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Feira Afonsina

Portugal

A Feira Afonsina, que decorre todos os anos na periferia do Castelo de Guimarães, berço de Portugal, teve como tema principal, este ano, o Batismo de D. Afonso Henriques.
Assim, nas dramatiz
ações feitas no decorrer da feira, podemos acompanhar o nascimento e a infância do primeiro Rei de Portugal.

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Guimarães

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Infante Afonso Henriques, nascido em 1109, filho do Conde D. Henrique e D. Teresa, senhores do Condado Portucalense, foi batizado logo à nascença, na pequena igreja românica de S. Miguel, no castelo de Guimarães, na presença dos ilustres da terra.
Guimarães

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São várias as áreas temáticas da feira, dispersas pelas ruas que sobem da praça até ao castelo, onde podemos acompanhar de perto os costumes da época e as actividades desempenhadas por cada profissão.

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No Arraial Militar, uma reprodução de um acampamento do século XII, levada a cabo pelo núcleo de esgrima de Guimarães - Espada Afonsina - encontramos a patrulha militar, que tinha como principal função escoltar a nobreza, e onde podemos observar o fabrico de malhas das vestes dos soldados.

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Na visita ao acampamento dos arqueiros, além de poder experimentar armas e vestes, o Clube de Tiro de Arco de Guimarães também oferece uma experiência de treino militar com espada e lança ou de tiro de arco.



Podemos observar, igualmente, o fabrico do arco e da flecha, técnicas do quotidiano e ofícios da época. Um deles, o mais rentável, era o fabrico de velas de banha de animal que, ainda antes da descoberta da parafina e da eletricidade, serviam para iluminar as casas quando o sol se punha.


No Jardim dos Infantes, dedicado aos mais novos, há jogos medievais para crianças e até a possibilidade de uma volta de pónei, o que fazia a delícia de miúdos e graúdos que por ali passavam; no Largo dos Duques, a possibilidade de participar em workshops variados.


A Praça de Mercar, uma zona de mercadores, engloba a dinâmica dos mercados medievais, principal actividade económica dos tempos afonsinos, com exemplos de produção, compra e venda de bens de primeira necessidade. Quem por ali passava, podia observar as frutas e legumes e até a encenação de tentativas de furto dos mais pobres.



No Largo do Oculto, pode encontrar ervas medicinais, amuletos, sabonetes artesanais; na Praça dos Aldrabistas, como o próprio nome indica, estão os mestres de ilusões, que viviam à custa da ignorância do povo e das trapaças que faziam de terra em terra.




O Quelho das desgraças, que ganha mais vida à noite, está reservado aos párias da sociedade: pobres, doentes e criminosos. Temos ainda, a deambular pela feira, as meretrizes e as borrachas, como a personagem Petrolina, que vão abordando os trausentes com muito riso à mistura.




Das mais variadas barraquinhas de comes e bebes, a que mais se destaca é a Estalagem da Ti-berna, que nos conta a história de Maria dos Prazeres, uma antiga aia, culta, que sabe ler e escrever por ter sido criada por senhores, mas que teve a desventura de se envolver com um e ir lá parar. Parceira da dona, Ti-Brígida, faz a contabilidade da taberna e controla quem paga a conta.



Bifanas no pão, Caldo d'el Rei (caldo verde), papas de sarrabulho, arroz de feijão vermelho com pataniscas, pão com chouriço e sandes de porco no espeto, são alguns dos pesticos típicos com que podemos deliciar-nos, acompanhados da Sangria Real, limonada, Vinho d'el Rei ou cerveja artesanal.
Quanto aos doces, além dos crepes, sempre presentes neste tipo de festas, na feira Afonsina é muito apreciado o Bolo Chaminé, feito artesanalmente na brasa, com cobertura de frutos secos e canela.
De tradição Celta, podemos assistir também à Queimada, a confeção de um digestivo feito à base de uma mistura de frutos com aguardente queimada com mel.



Se quiser trazer uma recordação da cidade, além das bijuterias, livros em pele e madeira, espadas e escoltas, tem também guerreiros e bonecos de D.Afonso feitos em resina, com moldes artesanais e pintados à mão.



Para as mais vaidosas, não pode faltar a coroa, feita em arame, fitas coloridas e pequenas flores de eva.


Sou apaixonada por este tipo de eventos, nunca falho a Santa Maria da Feira, mas foi a primeira vez que visitei Guimarães e fiquei encantada pelo ambiente da Feira Afonsina.



O castelo, as gentes que se misturam entre o medieval e o moderno, a risota que os personagens nos proporcionam e a beleza da cidade, são momentos a não perder. E às vezes, não é preciso ir muito longe para vivermos outras culturas!



Até ao próximo post, ainda há muito para explorar... Afinal, o Mundo está à minha espera! 🙏




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